A relíquea do Palácio Nacional de Sintra
Ao visitarmos a linda Vila de Sintra um dos símbolos mais visíveis que despertam os nossos olhares são as duas altas chaminês cónicas. Estas, fazem parte do fantástico e emblemático Palácio Nacional de Sintra, um património de mais de cinco séculos de existência desde o período Islâmico até ao Cristão.
Iniciamos a nossa visita em Lisboa numa manhã luminosa de céu azul e percorremos até ao Palácio Nacional de Sintra cerca de trinta quilómetros.
Localização do Palácio Nacional de Sintra
O Palácio Nacional de Sintra é de origem Muçulmana, tendo sendo erguido o seu primeiro edifício provavelmente durante o século X a XI. Com a chegada dos Cristãos, a partir do século XII passou a ser ocupado como residência da Família Real Portuguesa. Foi também o centro da gestão económica e juridíca da região envolvente até so século XVIII.
Sucessivamente através de uma serie de intervenções de contruções o Palácio Nacional de Sintra resultou na sua configuração actual que se manteve, desde os meados do século XVI até aos dias de hoje.
Os monarcas D. Diniz, D. João I, D. Manuel I na idade média, e mais tarde na época do renascimento com D. João III contribuiram para que tal acontecesse deixando cada um no seu tempo as suas tendências artísticas, refletidas no Palácio nacional de Sintra, na sua decoração e no seu mobiliário.
O seu perfil arquitectónico é uma combinação do Gótico, Mourisco e Manuelino e o seu interior apresenta um valor único de azulejaria Hispano-Mourisca e colecções de arte decorativa do século XVI ao século XVIII.
As arcadas na entrada do Palácio Nacional de Sintra símbolo do poder imperial |
A escada em caracol do século XVI de acesso ao Paço de D. João I e D. Filipa de Lencastre |
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Maquete do Palácio Nacional de Sintra na Sala de Entrada
Sala dos Archeiros (sentinela). Sendo o Palácio um espaço social era através desta sala que se fazia a ligação entre os diversos extractos sociais e a familía real |
Sala dos Cisnes. Sala Grande do Paço de D. João I e D. Filipa de Lencastre sua esposa. Neste espaço podiam aceder todos os que entravam no Palácio. Nas divisões seguintes só poderiam entrar alguns membros da alta nobreza, do clero ou embaixadores importantes |
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Vista da Sala dos Cisnes para o Pátio da Audiência |
Sala das Pegas régias com o teto pintado com 136 pegas (pássaros) provavelmente devido à ligação da Rainha Filipa com a Casa Inglesa de Lencastre. O mobiliário sugere o espaço das audiências |
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Detalhe dos azulejos Hispano-Mouriscos da Sala dos Cisnes para a Câmara do Ouro
Câmara de Ouro. No século XV e XVI esta sala esteve coberta de ouro. Era a sala das audiências dos monorcas para receber pessoas de maior estatuto social. Aqui o rei podia também dormir |
Sala do Paço de D. João I e de D. Filipa de Lencastre. Acredita-se que esta sala no século XV serviu de apoio ao Guarda-Roupa |
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O pátio da Diana. Ligação do Paço de D. João I e do Paço de D. João III.
Sala das Galés no Paço de D. João III. No teto estão pintadas antigas embarcações com as bandeiras de Portugal, do Império Otomano e dos Países Baixos |
De um dos pisos superiores do Paço de D. João III a vista para um dos jardins do Palácio Nacional de Sintra |
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Porta Manuelina de acesso à Sala dos Brasões |
Vista parcial da Sala dos Brasões. A parte inferior da cúpula acima dos azulejos evidencia os brasões de 72 famílias nobres mais influentes do reino |
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A cúpula em forma octogonal representando as armas reais no topo e a volta os brasões dos oitos filhos de D. Manuel I com a segunda esposa D. Maria de Aragão e Castela |
Paredes revestidas de azulejos do século XVIII na Sala dos Brasões
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Câmara de D. Afonso VI no Paço de D. Diniz e D. Isabel de Aragão (século XIII).Foi aqui que este monarca uma vez deposto pelo seu irmão D. Pedro II foi preso durante nove anos antes de morrer |
A Capela no periodo do reinado de D. Diniz. O teto preserva a arte Mourisca |
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No Pátio da Estufa |
Na Sala dos Árabes com os azulejos Mouriscos em forma tridimensional |
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A cozinha com duas chaminés de 33 metros de altura, um espaço enorme para banquetes onde se cozinhavam peças de caça grossa. Foi D. João I quem mandou construir as chaminés |
A cozinha e a vista de alguns utensílios |
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Sala Manuelina construída no tempo de D. Manuel I. Posteriormente serviu de aposentos a D. Luís I |
A varanda no Paço D. Manuel I. Este era o espaço de lazer da Rainha D. Maria Pia da Saboia esposa de D. Luís I
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Pátio Central. No centro um repouxo de água em forma de espiral (século XVI) |
A Gruta dos Banhos um recanto de tranquilidade do século XV |
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Para completar a visita ao Palácio Nacional de Sintra, passeamos pelos seus belos jardins, que têm uma vista magnífica para a Serra e o Centro Histórico da Vila de Sintra.
O tanque de peixes e a maquete do Palácio Nacional de Sintra possivelmente do século XV
Vista de um dos jardins do Palácio Nacional de Sintra |
A coluna Manuelina em espiral |
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Vista de uma árvore Araucária nos jardins do Palácio Nacional de Sintra |
Vista do terraço dos jardins para a Vila de Sintra |
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E assim foi a nossa visita ao Palácio Nacional de Sintra que, desde dos povos Árabes à Familía Real Portuguesa deixou a presença de um espaço, de grande conhecimento histórico e cultural bem como acrescentou à Vila de Sintra a importância económica e social até aos dias de hoje.
Esperemos que os nossos leitores e amantes de viagens possam também um dia visitar este magnífico Património situado na bela paisagem natural da Serra de Sintra.
Referências Parques de Sintra
Agradecimentos ao Manuel Manero pelo seu incentivo
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