Évora Património Cultural da Humanidade
Esta é uma viagem com destinos em terras lindas do Alentejo Central a sul de Lisboa. A viagem é agradável com a paisagem típica da região do Alentejo. Partimos de lisboa até ao nosso primeiro destino, a vila de Arraiolos cerca de 125 quilómetros de Lisboa.
A paisagem Alentejana ao longo da viagem
Uma vez na vila de Arraiolos circulamos pela Praça do Município um dos lugares de encontro de conversa entre locais e uma passagem de visitantes como nós.
O primeiro café da manhã na vila de Arraiolos
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A bonita decoração da calçada Portuguesa na Praça do Município na vila de Arraiolos
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Uma das atrações da vila de Arraiolos é a sua grande tradição na fabricação de tapetes em bordados de qualidade, com cores bonitas e combinadas. Esta tradição teve origem na segunda metade do século XVI, embora recentes investigações sugerem que a sua origem seja mais antiga. Esta arte está também ligada a produção milenar de lã na vila de Arraiolos.
A Fábrica de Tapetes Hortense e a FRACOOP Tapetes foram duas das lojas que visitamos na rua Alexandre Herculano onde conversamos um pouco com as suas assistentes que eram muito simpáticas.
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Mesmo ali perto na colina encontra-se o Castelo de Arraiolos construído no início do século XIV. Este castelo foi habitado entre 1415 e 1423 pelo nobre general o Condestável D. Nuno Álvaro Pereira considerado um dos maiores estrategas militares de Portugal.
O castelo tem uma vista panorâmica fantástica para a vila de Arraiolos bem como para a sua planície. O seu estado de conservação foi afectado depois do terramoto de 1755.
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A longa extensão da muralha elíptica
Depois do prazer de visitarmos a linda vila de Arraiolos viajamos cerca de 21 quilómetros até aos Moinhos do Alto de São Bento próximo de cidade de Évora.
A colina do miradouro de São Bento tem um imenso maciço rochoso granítico e um conjunto de moinhos desactivados das suas funções originais. Podemos observar pelo menos dois moinhos em bom estado de conservação.
Actualmente no interior dos moinhos e à volta no espaço exterior realizam-se actividades científicas de carácter pedagógico em ciências da natureza sobre a flora e a geologia local.
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Depois da boa atmosfera e vista fantástica do miradouro do Alto de São Bento descemos até ao Centro Histórico da cidade de Évora, onde circulamos cerca de quatro quilómetros.
Os povos que passaram pela região em torno de Évora deixaram um legado histórico e cultural muito rico e interessante. Para citar alguns, temos que recuar desde a Pré-história com o testemunho do período Megalítico, passando pelo domínio Romano, Mouro e Cristão até ao tempo presente.
A cidade de Évora teve o seu grande desenvolvimento arquitetónico, que em grande parte é conservado no centro da cidade, a partir do século XVI.
Pontos de visita no Centro Histórico de Évora
O encanto das ruas antigas e as praças assim como as igrejas caracterizam a cidade de Évora. O incontornável Aqueduto da Água de Prata de 1537 é um marco histórico da cidade com dezoito quilómetros em extensão.
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Pelas ruas medievais de Évora
Renovado em 1571, o monumento nacional do Chafariz da Praça do Giraldo é um símbolo de importância urbanística que serviu no passado para o abastecimento de água a população.
O Chafariz do Giraldo. Ao fundo a Igreja de Santo Antão
Caminhando pelo Largo da Graça está a Igreja e Convento de Nossa Senhora da Graça construída na primeira metade do século XVI com traços arquitetónicos renascentistas e maneiristas.
Fachada principal da Igreja e Convento de Nossa Senhora da Graça com os quatro gigantes nos cantos superiores
Em seguida visitamos a capela dos ossos que está situada na Igreja de São Francisco.
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Uma das grandes atrações é de facto a Capela dos Ossos pela sua impressionante exposição de ossadas humanas nas paredes, nas colunas e nos tetos. É um monumento que foi construído no século XVII por três frades Franciscanos.
Com uma mensagem profunda na entrada da nave onde estão milhares de ossos e crânios humanos lê-se: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. É sem dúvida, uma mensagem de reflexão para quem visita este monumento.
Entrada da nave da Capela dos Ossos
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Ao sairmos da nave da Capela dos Ossos entramos na Sala do Capítulo onde os frades debatiam assuntos espirituais e se tomavam decisões. A sala tem um pequeno Altar com estrutura em abóboda e a sua volta uma bonita parede de Azulejos de autoria de arquiteto Siza Vieira contrapondo a alusão da morte com o milagre da vida.
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Caminhando para o piso de cima no primeiro andar encontra-se o Núcleo Museológico. Este era o antigo dormitório dos frades. Actualmente serve de exposição de obras de pintura, esculturas dos séculos XVI a XVIII, ourivesaria Sacra e um circuito cronológico da vida religiosa e social de Évora.
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Exposição de pintura no Núcleo Museológico
Existe uma galeria fantástica de presépios nacionais e internacionais no piso acima do Núcleo Museológico.
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A saída da exposição dos presépios conduziu-nos a um terraço com vista panorâmica para a cidade.
Vista panorâmica no terraço da Igreja de São Francisco
Despois da visita à Igreja de São Francisco e a Capela dos Ossos fomos almoçar próximo da Praça do Giraldo, pois o apetite era grande. Os pratos escolhidos foram carne de porco Alentejana, lombinho de porco grelhado e costeleta de novilho grelhada.
Carne de porco alentejana
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Depois do almoço fomos visitar o Templo Romano de Évora, também conhecido por Templo de Diana.
Pelo caminho fotografamos o belo Arco Romano de D. Isabel que correspondeu à cidade romana de Ébora (antigo nome de Évora).
Arco Romano de D. Isabel
Sem dúvida o Templo Romano é um dos ícones da cidade de Évora e um dos testemunhos da presença Romana edificado na época do imperador Romano Augusto no século I d.c destinado ao culto imperial. É considerado Património Mundial da UNESCO.
Vista do Templo Romano para Sul em Évora
Vista do Templo Romano para Norte em Évora.
Ali mesmo próximo do Templo Romano está o edifício das Casas Pintadas. Os seus jardins encantadores a volta, com a pintura nas paredes expressando a técnica de frescos da época quinhentista emprestam um ambiente de beleza a este espaço.
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Da Casas Pintadas partimos para a exposição de Coleção de Carruagens. É um espaço que nos transporta para viagens de carruagens do século XIX e os primeiros anos do século XX.
Da coleção de carruagens visitamos a Catedral de Évora, a maior catedral medieval de Portugal. Sob ponto de vista arquitetónico, esta sofreu transformações no século XIII e XIV com introduções do Gótico.
O primeiro espaço a visitar na Catedral de Évora foi o terraço com uma vista panorâmica muito bonita e com alguns elementos como as torres medievais e os sinos na parte Sul.
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Depois da vista panorâmica no terraço da Catedral de Évora descemos para as escadas em espiral que dão acesso ao Claustro e a Igreja.
Zona do Claustro na Catedral de Évora
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Ao sairmos da Catedral de Évora a caminho do Chafariz das Portas de Moura ainda deu tempo para tirar uma foto de uma janela muito bonita em estilo Manuelino. Esta é a janela de Garcia de Resende que faz parte do Património Cultural de Évora.
Janela de Garcia de Resende
O Chafariz das Portas de Moura inaugurado em 1556 fez parte da renovação urbanística da época. É mais uma praça bonita de Évora com a Casa do Cordovil ali ao lado.
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Para complementarmos a visita ao Centro Histórico de Évora, nada melhor do que saborear alguns bolos regionais na Pastelaria Conventual Pão de Rala. Deliciamo-nos com as Cericás servidas com ameixa.
O sorriso de satisfação dos bolos regionais do Alentejo
Já com o cair do Sol, como último destino do nosso passeio por terras de Évora fomos ao Cromeleque dos Almendres.
Foto Google recinto megalítico Cromeleque dos Almendres Évora
É o maior monumento megalítico da península Ibérica e um dos mais antigos da Humanidade com cerca de 7000 anos a.c. A imagem acima mostra a estrutura megalítica elíptica num conjunto de 95 monólitos, (pedras de grandes dimensões).
Tal como a maior parte destes monumentos, o recinto megalítico Cromeleque dos Almendres tem uma orientação preferencial ligada aos movimentos do Sol e da Lua no horizonte.
A caminho do recinto megalítico Cromeleque dos Almendres em Évora
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Lua cheia no recinto megalítico Cromeleque dos Almendres em Évora
A visita a lugares em torno de Évora levou-nos a explorar e a descobrir porque Évora é Património Cultural da Humanidade.
Desde a tradição dos tapetes de Arraiolos, às vilas e cidades urbanas que nos deixaram embalar na história da vivência de várias culturas de povos milenares, assim como os excelentes sabores de pastelaria regional local, fizeram desta excursão um dia fantástico.
Esperemos assim que os nossos leitores e amantes de viagens possam também ter o mesmo prazer e tranquilidade que nós experimentamos nesta viagem maravilhosa em torno de Évora.
Referências Câmara Municipal de Évora
Agradecimentos ao Manuel Manero pelo seu incentivo
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